domingo, 1 de setembro de 2019

Este ano tivemos o mês de agosto mais seco de todos os tempos. Que seca brava! Tivemos uma amostra da seca do Nordeste. O dia amanhecia feio, céu fumacento, um sol avermelhado espiando muito emburrado por detrás da fumaça. E o cheiro? Cheiro acre da fumaça  das queimadas, que penetrava pelas narinas fazendo arder por dentro. Gripe, peguei, mas ela não sarava. Até hoje estou com a voz rouca e nariz entupido.
As plantas secavam, a grama morria, a gente desanimava. O vento levantava nuvens de pó e propagava incêndios na vegetação. As pessoas faziam promessas, rezavam o terço em busca da ajuda divina. Espalhavam-se correntes de oração pedindo pela chuva. Agosto inteiro de seca e tristeza. Até que veio o dia 31, e o tempo pareceu querer mudar. Depois do almoço do sábado, nuvens começaram a surgir, bem como um ventinho de chuva. E a chuva foi se aproximando. Primeiro uns pingos tímidos, depois  mais decididos. Choveu muito no Jardim São Jorge e pouco no Jardim Santos Dumont. Mas veio. As plantas ávidas deliciavam-se aos primeiros pingos. A noite não choveu, mas hoje, domingo a chuva cai mansa e abençoada. Bendita chuva, sem a qual não há vida nem esperança!
Ontem em Maringá o dia se fez noite. Aqui não foi assim, mas o que importa é que a chuva voltou!


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