Houve um tempo em que eu sorria com facilidade e quase nunca chorava e quando chorava era mais de alegrias.
Houve um tempo em que eu não tinha tempo para me preocupar.
Houve um tempo que eu parava para observar a natureza; para atender minhas vontades, para brincar, para abraçar um amigo, jogar conversas ao vento, para deixar as tarefas para depois e ler um livro, para dar de presente esse mesmo livro.
Houve um tempo em que eu era a melhor pessoa para ser companhia, para acompanhar o desfecho de uma história e dar o meu ponto de vista.
Houve um tempo em que eu falava com Deus, como quem fala com o melhor amigo.
Houve um tempo em que eu amava a humanidade e acreditava que éramos realmente irmãos.
Houve um tempo que as flores coloriam minha vida, houve um tempo que eu sonhava com o tempo ao contrário, que ele traria o meu amor e seria para sempre.
Houve um tempo em que eu falava sem pensar, mas nunca magoava ninguém, hoje penso e magoo mesmo assim.
Houve um tempo em que eu era criança e queria ser gente grande.
Houve um tempo em que eu não sabia que os pais morreriam, eu acreditava que eles nos acompanhariam por toda vida.
Houve um tempo em que dormíamos de janelas abertas vendo as estrelas e a lua.
Houve um tempo que televisão era diversão, não companhia.
Houve um tempo que andávamos nas ruas, nas estradas e não precisávamos pagar.
Houve um tempo em que a palavra era sim ou não, simples assim.
Houve um tempo em que fui imensamente feliz.
Houve um tempo...
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Adriana A. Polak (Página Universo de Emoções)
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