terça-feira, 27 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
AMIGA
Antes disso, na sexta-feira passada, eu cheguei em casa e minha mãe disse que a Lucimara havia ligado. Retornei a ligação, e ganhei a noite! Ela ligou porque disse que estava sentindo saudades de mim, lembrando dos velhos tempos. Engraçado que ela disse o mesmo que eu: que hoje em dia não tem amigas mais, só colegas. Então pensamos: será que não é culpa da velocidade dos tempos em que vivemos? Internet, e-mails, celular... a gente não pára mais para conversar... não, não é isso... interesses? Deve ser. Você não é rico, não é influente, não chega pela manhã contando sobre as festas ou reuniões sociais em que esteve, então você não é bem quisto. Ou você não chega fazendo palhaçada e brincando como uma idiota, então você é chata. Não sei dizer. Sei que no tempo em que eu e a Lu trabalhávamos juntas, éramos as melhores amigas que se pode imaginar. Íamos embora juntas falando sobre nossa paixão: livros. Eu contava para ela sobre os livros que ler, e ela me contava sobre suas leituras. Íamos juntas à biblioteca e pegávamos muitos livros, e os discutíamos...
A Lu lembrou de uma vez em que fomos comprar sorvete n padaria, e voltamos chupando picolé. De repente o dela acabou, ela olhou o palito e exclamou: “olha! Meu picolé está premiado, vale outro picolé!” – eu acabei o meu, e... não é que estava premiado também? Foi uma coincidência daquelas que acontece uma vez em cada... sei lá em cada número de anos. Mas foi muito legal, nós duas voltamos à padaria e ganhamos um novo picolé cada uma, e fomos embora felizes...
E inventávamos de escrever histórias, e escrevíamos, e mostrávamos nossas histórias uma para a outra, trocávamos idéias... a Lu chegou a publicar uma história, ou a registrar, nem sei direito. A minha está por aí, um calhamaço de folhas escritas à mão. E eram histórias alegres, engraçadas. A gente até se inspirava em outros amigos... o caso da América, inspirada na Diane.
Naquele tempo eu era feliz... havia alegria, sonhos, amizades. Hoje não tenho mais amigos, não tenho mais sonhos. Só a realidade. E a realidade é tão dura!
FOTOS
Ontem olhei meus álbuns antigos. E encontrei uma foto minha, que tirei na Prefeitura, com meus amigos. AMIGOS. Não eram colegas de trabalho. Não eram o tipo de pessoas de quem você se despede na sexta feira e só volta a ver na segunda. Eram pessoas que me amavam e que eu amava, pessoas que partilhavam seus segredos comigo e com quem eu partilhava minhas confidências. Eram amigos que se encontravam no fim de semana para um almoço, um café, ouvir música, assistir ao Faustão... e conversar. E a gente não ficava triste com a chegada da segunda feira, porque sabia que iria se reencontrar. E na segunda feira cedinho a gente se reencontrava e já tinha um monte de novidades para conversar, e ríamos, e brincávamos, e trabalhávamos felizes.
Antes do Natal, depois do expediente, ao invés de irmos embora a gente cantava músicas de Natal. E se alegrava. E cada um de nós queria que o outro tivesse o Natal mais maravilhoso que pudesse. De coração. Foram os melhores amigos que a vida pôde me dar. Sueli, Lucimara, Márcio, Júnior César, Valter Júnior, Marcelo, Rodrigo, Tieko. Éramos mais que uma equipe, éramos uma família. Como uma família, claro que surgiam algumas bronquinhas, mas que eram facilmente superadas. Brincávamos tanto! Bilhetinhos, desenhos, piadas... e união. Todos gostavam de todos. Foram bons tempos, aqueles. Pena que tudo passou. Todos mudamos, casamos ou não, descasamos, engordamos, emagrecemos, tivemos filhos, tivemos problemas, tivemos tristezas, nos separamos. Uns foram embora,e nunca mais os vi. O Marcelo veio me visitar na Biblioteca um dia desses, casou, tem filhos, engordou. O Márcio revi agora, continua o mesmo. Tieko, nunca mais. A Sueli Su-k-ta (Lembra, Su?) continua na Prefeitura. O Rodrigo, também.O Walter Júnior está morando em Ponta Grossa , formou-se, o Márcio disse que está barbudo. A Lucimara é quem eu mais vejo. Mas trabalha numa escola em Paraíso do Norte. Saudades dos meus amigos!!!!!!!!!
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